Após o sucesso da primeira edição do Torneio Profissional da Tennis Route, a academia vai organizar outros dois eventos simultâneos. A partir desta segunda-feira, a partir das 9h, diariamente, interessados em assistir, podem ligar (21) 3597-2395 e participar da platéia das emocionantes partidas de tênis profissional, respeitando as regras sanitárias, por ocasião da pandemia. Já estão confirmadas presenças, na quadra, de Guilherme Clezar, Pedro Sakamoto, Christian Oliveira, Christian Lindell, além de João Pedro Sorgi, natural de Sertãozinho (SP) e que está treinando em Itajaí (SC). A academia, que fica no Recreio dos Bandeirantes, tem atletas como Thiago Wild e Marcelo Demoliner, estes já estão nos Estados Unidos, de olho no US Open do fim do mês.
O torneio tem atletas de vários cantos do Brasil, alguns entre os melhores do país. É uma oportunidade para motivar o público também, enquanto os atletas voltam a competir antes da retomada do circuito mundial, marcada para após a quarentena. Será mais um evento simples, segundo a organização, com premiação de R$ 4 mil e outro de duplas de R$ 2 mil, totalizando R$ 6 mil em distribuição. Os torneios têm o patrocínio da CPR Med.
Clezar confirma favoritismo e encara Lindell, nas semi-finais do torneio profissional da Tennis Route. Assim como vários tenistas brasileiros, Clezar está na dependência de maior clareza para entrar nos países para poder voltar a competir no circuito mundial: “Não tenho absolutamente nada (de calendário). Dependo 100% das fronteiras estarem abertas na Europa para poder voltar a jogar. Não tenho passaporte europeu, então não posso jogar os torneios”, revela o esportista sobre a sua carreira no momento. Ele já treinou na Tennis Route e atualmente está com o novo técnico, André Ghem. Passou a quarentena em Porto Alegre e vem utilizando o torneio para não perder o ritmo de jogo e retornar ao circuito.
A exposição “Antonio e Dakir Parreiras: de pai para filho” ganhou versão virtual e promete deixar o isolamento social de muitos admiradores das artes plásticas mais dinâmico e enriquecido. A mostra, produzida pelo Museu Antonio Parreiras e exibida no Museu do Ingá em 2018, aborda a relação entre Antonio Parreiras, ícone do paisagismo brasileiro nos séculos XIX e XX, e seu filho Dakir, também pintor.
Disponível em www.galeriamuseuantonioparreiras.com, a edição virtual reúne pinturas dos artistas – incluindo a reprodução de quatro telas de Dakir Parreiras cedidas pela família do pintor especialmente para a exposição. Há ainda fotografias e um vídeo criado a partir da dedicatória que Antonio Parreiras escreveu para o filho na autobiografia “História de um pintor contada por ele mesmo”. Também consta do site material inédito, como o registro em fotografias da exposição no Museu do Ingá, propostas de atividades e uma entrevista com Aloysio Parreiras de Mesquita, sobrinho-neto de Antonio Parreiras. Tanto o Museu Antonio Parreiras quanto o Museu do Ingá são espaços da FUNARJ.
Pintor, desenhista, escritor e professor, Antonio Parreiras (1860 – 1937) iniciou os estudos na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), no Rio de Janeiro, como aluno do artista alemão Georg Grimm. Em 1884, abandonou a Academia, acompanhando seu mestre e outros alunos para formar o Grupo Grimm, marco da pintura de paisagem na arte brasileira. Pintou paisagens, nus, retratos e quadros de temas históricos. Realizou diversas viagens de aperfeiçoamento à Europa e tornou-se professor da Escola Nacional de Belas Artes. Em 1926, amplamente consagrado como artista, publicou o livro autobiográfico História de um pintor contada por ele mesmo, que dedicou ao filho Dakir.
Assim como Antonio, Dakir Parreiras (1894 – 1967) seguiu a carreira de pintor, desenhista e professor. Em companhia do pai, ainda bem jovem passou uma temporada de aperfeiçoamento em Paris, onde foi aluno da Académie de la Grande Chaumièree daAcadémie Julian, tendo aulas com Marcel Baschet e Henri Royer. Pintou paisagens, retratos e quadros de temas históricos, tendo trabalhos em diversas instituições e prédios públicos. Entre eles, os palácios de governo de Porto Alegre, Florianópolis e Pernambuco e os teatros municipais de Ribeirão Preto e de Campinas.
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O retrato do Coronel José Claro Ferreira da Silva, óleo sobre madeira, 1905, ampliado na abertura desta edição, foi pintado em dupla, por Antonio Parreiras e Dakir Parreiras, pai e filho. Faz parte do acervo Museu Antonio Parreiras
Niterói é a primeira cidade mais eficiente do Estado do Rio em limpeza urbana, pelo quarto ano consecutivo. Essa é a quinta edição do Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU) desenvolvida pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana (Selur) e pela PwC, que avalia, anualmente, os municípios com base em critérios como impacto ambiental e engajamento da sociedade na destinação do lixo. Na avaliação nacional de 2020, entre 3.313 cidades analisadas, a cidade é a segunda colocada, ficando atrás somente de Santos, em São Paulo. Todos os meses, mais de 20 mil toneladas de lixo são recolhidas entre coleta domiciliar, varrição e outros resíduos na cidade.
Para chegar aos resultados do ISLU, quatro aspectos são levados em consideração: Engajamento do Município (população atendida e população total); Sustentabilidade Financeira (arrecadação específica menos despesa do serviço sobre a despesa total do município); Recuperação dos Recursos Coletados (material reciclável recuperado sobre total coletado); e, por fim, Impacto Ambiental (quantidade destinada incorretamente sobre a população atendida).
O presidente da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói, Luiz Carlos Fróes Garcia, destaca a importância desse trabalho pelas ruas da cidade. “A Companhia de Limpeza Urbana, responsável pela coleta de resíduos em Niterói, tem recebido constantes investimentos da Prefeitura de Niterói na área da limpeza urbana. No município, a Clin recolhe 13.334 toneladas, por mês, de resíduo de coleta domiciliar e 3.167 toneladas de varrição. Outros resíduos como, galhos, lodos e entulhos chegam a acumular 3.500 toneladas. Outras 200 toneladas de resíduos recicláveis são recolhidas, por mês, na cidade. Atualmente, todo resíduo produzido em Niterói tem destino final adequado”, ressalta o presidente.
Os resíduos públicos coletados são destinados ao Centro de Tratamento de Resíduos, que fica no bairro do Caramujo. Os resíduos domiciliares são destinados ao CTR de Alcântara – SG. Os resíduos de serviço de saúde são destinados ao CTR de Itaboraí. Os resíduos de construção civil são destinados a Centros de Tratamento de Resíduos licenciados para este fim e os resíduos recicláveis são doados para cooperativa de catadores.
A cidade não terá o tradicional réveillon, com shows nas praias e aglomeração liberada. Esta festa terá um modelo virtual. E, marcando a vida do niteroiense com pensamentos positivos e esperança, a Prefeitura de Niterói promoverá a celebração natalina desde outubro, deixando a cidade mais produzida e animada com nova iluminação temática, além de, também, estimular o comércio, que pode seguir o ritmo dos adereços, apresentando estratégias pertinentes ao natal bem antes de dezembro.
“Esta foi uma decisão conjunta do comitê científico e do gabinete de crise, já que até dezembro não teremos ainda a vacina para imunizar a população”, explicou o prefeito Rodrigo Neves em vídeo ao vivo nas redes sociais da Prefeitura, nesta segunda-feira (17). “Vamos antecipar em um mês a iluminação de Natal, com o objetivo de criar um clima positivo, e sobretudo, incentivando um ambiente de solidariedade e, também, impulsionando o comércio local. Agradeço a atitude cívica das pessoas de cumprir os protocolos de segurança, mas é fundamental que a gente continue perseverando, até que essa vacina chegue, com o uso de máscara, a higiene reforçada das mãos, o uso do álcool, a limpeza de nossas casas”, completou.
A boa notícia para comerciantes na luta contra a crise econômica, é que a Prefeitura de Niterói vai abrir um novo prazo, entre os dias 20 e 26 de agosto, para que as empresas revalidem o termo de adesão ao programa Empresa Cidadã e, assim, possam receber o apoio para a folha de pagamento por mais dois meses. Entre 250 e 300 empresas das cerca de três mil inscritas no programa estão nessa situação e terão mais uma oportunidade para garantir o auxílio. Para revalidar o termo de adesão, basta acessar o site www.empresacidada.niteroi.rj.gov.br e seguir as instruções para garantir o auxílio na folha de pagamento por cinco meses, em vez dos três meses previstos inicialmente. Em contrapartida, as empresas terão que se comprometer, no novo termo de adesão, a não reduzir postos de trabalho por até oito meses.
Niterói ganhou uma Sala Lilás. O espaço criado para prestar atendimento especializado e humanizado às mulheres vítimas de violência funcionará no Posto Regional de Polícia Técnico Científica (PRPTC). É uma parceria entre as Prefeituras de Niterói e Maricá, Tribunal de Justiça do RJ e Secretaria de Polícia Civil. Dessa forma, a integração dos serviços, além de deixar a vítima mais à vontade para relatar a violência sofrida, e visa orientar para busca de ajuda junto à Rede de Atendimento à Mulher dessas duas cidades.
Participaram da solenidade a secretária de Políticas Para Mulheres do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Camila Rodrigues, a secretária municipal de Fazenda de Niterói, Giovanna Victer, o secretário de Direitos Humanos de Maricá, Antônio Carlos, a coordenadora de Política Para Mulheres de Maricá, Luciana Piredda, a delegada de Polícia Civil, Raissa Celles, a representante do Conselho Municipal de Políticas Para Mulheres, Marisa Vargas, o presidente do Conselho de Segurança de Niterói, Moacir Chagas, o diretor geral do Posto Regional de Polícia Técnico-Científica, Luiz Alberto, a delegada titular da Deam-Niterói, Aurian Fernandes, e o chefe da Polícia Federal de Niterói e Leste Fluminense, Wanderson Pinheiro.
O local é capacitado para realizar exames periciais e possui uma equipe multidisciplinar que fará o acompanhamento de meninas e mulheres nos exames. A equipe é formada por policiais, assistentes sociais, enfermeiras e psicólogas e pode acolher e promover um atendimento especializado. A Sala Lilás possui, ainda, ambientação mais acolhedora e aconchegante, desenvolvida com o objetivo de dar suporte às vítimas que estão em momentos de extrema fragilidade física e emocional.
“Eu não tenho dúvidas que a inauguração da Sala Lilás será um marco nesse esforço de superação da situação de violência contra a mulher. Neste equipamento nós teremos a possibilidade de um acolhimento muito mais humano e amoroso para mulheres e crianças”, afirmou o prefeito Rodrigo Neves.
A primeira-dama de Niterói, Fernanda Sixel, ressaltou a importância da Sala Lilás para uma abordagem mais humana e afetuosa para mulheres e crianças vítimas de violência.
“A parceria estabelecida pelas prefeituras, Tribunal de Justiça e Polícia Civil permite que, em um momento tão difícil como o atual, seja possível trabalhar a amorosidade, a acolhida e o afeto, como ferramenta para provocar as mudanças que são necessárias na sociedade”, destacou Fernanda Sixel.
A juíza Juliana Cardoso, que representou o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, falou sobre o valor de um projeto que tem a mulher como causa.
“Esse projeto tem como objetivo a escuta acolhedora da mulher e meninas que sofrem violência doméstica. Espero que seja o primeiro de muitos outros projetos nesse sentido”, afirmou a juíza.
A delegada Nádia Abrahão, diretora-geral de Polícia Técnico-Científica do estado do Rio, ressaltou o trabalho integrado para que o equipamento fosse entregue.
“Isso mostra que a verdadeira segurança pública não se faz só com o trabalho das polícias. Para termos o conceito de segurança cidadã é necessária a integração entre entes federados, instituições do estado e a população. E dessa forma conseguimos grandes avanços”, afirmou a delegada.
O Museu de Arte Contemporânea de Niterói e o Museu Janete Costa de Arte Popular estão abertos para o público, para alívio do niteroiense ativo na vida cultural. Estão sendo seguidos os protocolos de segurança sanitária para garantir a saúde dos visitantes e funcionários, como a higienização das mãos com álcool em gel, aferição de temperatura, obrigatoriedade do uso de máscaras e controle de acesso. A recepção dos museus ganhou também um painel de acrílico para proteção dos visitantes e funcionários. A Visitação poderá ser realizada das 10h às 18h, de terça a domingo.
No MAC, o acesso permitido é de 44 pessoas por vez, no interior do museu. Haverá álcool em gel na entrada dos banheiros e totem de álcool em gel – acionado pelo pé – em pontos estratégicos, como na recepção, na subida das escadas e no acesso ao mezanino. A aferição de temperatura será feita na entrada do pátio. O público pode visitar a mostra “O país ocupado”, da coleção MAC-João Sattamini, que conta com obras de Antonio Dias, Antonio Manuel, Ivan Serpa e Rubens Gerchman.
No Museu Janete Costa de Arte Popular, é permitido 24 pessoas dentro do museu por vez. Como há dois salões expositivos no térreo e mais dois, no piso superior, ficam permitidas 6 pessoas em cada ambiente. A aferição da temperatura acontece na entrada e o totem de álcool em geral estará disponível na recepção. A exposição “Construção de um acervo”, com obras de artistas de vários estados brasileiros, ligadas à narrativa popular, poderá ser visitada pelo público, agora com uma nova roupagem.
Em comemoração ao Agosto Laranja, mês de conscientização sobre a doação de medula óssea, a Câmara Municipal de Niterói será transformada na próxima terça-feira (18/08) de 9h às 16 horas num posto avançado para que as pessoas possam doar sangue. A iniciativa é uma parceria entre o legislativo municipal a ong Davida Casa do Bom Samaritano e a Clínica de Hemoterapia de Niterói. Os doadores devem agendar com antecedência o horário da coleta através do telefone 97165 6779.
“Anualmente nos empenhamos nessa causa. Aprovamos a lei que cria o Agosto Laranja em Niterói e procuramos desenvolver atividades que conscientizem o niteroiense a ser um doador não só de sangue, mas também de medula óssea e de cordão umbilical e a participação dos voluntários do grupo Davida é imprescindível”, afirma o vereador Paulo Bagueira, presidente da Câmara.
No mesmo dia, às 18 horas, a Câmara realiza uma audiência pública virtual para homenagear o trabalho do Davida Casa do Bom Samaritano e para marcar o Agosto Laranja. A sessão será presidida pelos vereadores Bagueira e Paulo Eduardo Gomes que preside a Comissão de Saúde e Bem Estar Social da Câmara de Niterói.
“Esse ano, por conta da pandemia, a sessão acontecerá virtualmente com transmissão ao vivo pela página da Câmara na internet e nas redes sociais do legislativo”, explica Bagueira lembrando que fará a entrega de uma moção de aplausos à presidente do Davida, Cristina Morgan Figueroa, aprovada pela Alerj, ainda quando ele era deputado estadual.
Desde o dia 1º de agosto a Câmara está com sua fachada iluminada na cor laranja para chamara a atenção dos moradores da cidade sobre a campanha de conscientização. Desde 2014, quando foi fundada, até os dias atuais o Davida já cadastrou cerca de 6 mil pessoas no banco de dados do Redome ( Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) vinculado ao Inca (instituto Nacional do Câncer).
Para ser um doador de sangue é necessário que a pessoa tenha entre 16 e 69 anos de idade, pesar mais de 50 quilos, estar alimentado e estar bem de saúde. Homens podem doar a cada dois meses e mulheres a cada três meses.
De coração partido e olhos atentos a colônia libanesa de Niterói acompanha os efeitos trágicos da explosão no porto de Beirute, Líbano, onde 2.750 toneladas de nitrato de amônio, substância usada na produção de explosivos e fertilizantes, geraram um estrondo com raio de grande destruição, ferindo cerca de 7 mil e levando a óbito 220 pessoas. Ainda há cerca de 110 desaparecidos. A Professora Titular de Direito processual e Civil da Universidade Salgado de Oliveira, Matilde Slaibi Conti, neta de João Caroni, libanês de Zahle, destaca a importância, neste momento, de haver uma missão brasileira chefiada por um descendente de libaneses como Michel temer, e, ressalta, que além de enviar remédios e alimentos, deve-se levar a paz, nesta viagem que reúne outros 11 brasileiros que ficarão na região de Beirute até o dia 15, sábado, em apoio humanitário. De Niterói, Matilde Slaibi, se comunica com a prima, a embaixatriz Aida El Khouri – cujo irmão, George, teve as vidraças de casa estilhaçadas, mas não se feriu. Esta é esposa de Ishaia El Khouri, que foi embaixador do Líbano no Brasil, recentemente. Desta forma, tem acesso a dados da investigação da explosão, inclusive do bairro de Achrafieh, o mais atingido, que é de maioria cristã.
Tão comovida quanto todos os brasileiros, especialmente os de origem árabe, está a dermatologista Neide Kalil Gaspar, neta dos imigrantes libaneses Felipe Seba e Nami Kalil. Professora Titular de dermatologia, na Universidade Federal Fluminense, acredita que é preciso levar, urgentemente, recursos médicos, financeiros e tecnológicos, enfatizando o que é mais necessário. Dra. Neide, médica experiente em tragédia, relatou sua imensa dor com a explosão. Foi voluntária no incêndio do Gran Circo Norte-Americado, em 1961, atendendo parte dos 800 sobreviventes, sentada num “banquinho”, em um dos andares do Hospital Universitário Antônio Pedro.
Maria Carmen Nazar, esposa do médico Aparecido Nazar, do Hospital Geral do Ingá, esteve no Líbano duas vezes. Uniu-se ao grupo de amigos brasileiros que conheceu aquela nação com ela e, juntos, irão enviar, diretamente à Bárbara Moutran Salamec, numa conta aberta especialmente para angariar fundos em prol dos sobreviventes, recursos próprios. Sua filha, a joalheira Maria Antonieta Nazar, deseja que, além da ajuda humanitária, o Líbano também venha ser suprido nas necessidades básicas e de moradia para as 300 mil famílias que perderam suas casas. E, ainda completa: “a nuvem que se formou, após a explosão, foi igualzinha a de Hiroshima. Pensar o quê? Muito difícil acreditar num acidente. Tenho uma amiga libanesa que me revelou que o povo, agora, se refere à capital do Líbano como ´beirushima´”, finaliza categoricamente.
Célia Boumaroun, casada há 40 anos com o libanês Roberto Couri Boumaroun, crê que Michel Temer precisa demonstrar um sentimento como se a calamidade tivesse acontecido no Brasil. “Ele deve passar segurança, confiança e mostrar que estamos juntos na dor e que somos irmãos. Tenho certeza que o sangue árabe de Temer irá apontar, com carinho, as necessidades desse país tão sofrido neste momento de perdas”, explica. Célia conta, ainda, que quando conheceu o Líbano, já estava familiarizada com o idioma e a culinária, por ser de uma família que, mesmo morando no Brasil, conservou, cotidianamente, os costumes árabes, especialmente na gastronomia, característica da maioria dos clãs de imigrantes, cujas muitas iguarias já estão incorporadas à vida dos brasileiros, como o quibe e a esfirra – disponíveis em quase todas as lanchonetes. Também atenta às providencias humanitárias, a ex-empresária do ramo de presentes e decoração, Ruth Haddad Rizk, que tem muitos parentes na colônia árabe de Niterói. Entre outros itens da cultura libanesa que conserva, vale citar uma coleção de receitas – muitas anotadas à mão, a destacar a do Mamul, que leva manteiga batida artesanalmente, esforço que prima por conservar.
Como estes, também estão solidários aos libaneses, os Saad, Stephan, Nemer, Tutungi, Seba, Chalhoub, Helayel, Mocarzel, Bedran, Amim, Haddad, Lasmar, Neder, Daher, Sader, Fadel, Curi, Tauil, Saud, Assef, Bittar, Cheade, Nasser e outros. Fazendo uma comparação, se este incidente tivesse acontecido no porto do Rio de Janeiro, Niterói teria a sua orla demasiadamente atingida, e, certamente, moradores do centro, Boa Viagem, Ingá e Icaraí perderiam suas casas. Até o fim desta edição não foi divulgada nenhuma causa para a explosão.
Ela pode ser vista como um símbolo da resistência entre os empresários de Niterói durante o isolamento social, que mudou o funcionamento de todos os restaurantes da cidade, a fim de seguir o protocolo sanitário de combate à pandemia. Silvia Paludo foi para as redes sociais e ficou ainda mais perto do seu público cativo, que não troca o Grupo Paludo por nada, dando um exemplo de como se lida com a crise, arrebatando novos seguidores, que, on line, aprenderam a fazer irresistíveis receitas de uma gastronomia pra lá de gourmet, apesar de simples, com método ao alcance de todos. Enquanto estava tudo parado, ela foi além! Criou uma receita por semana e lançou uma plataforma de delivery e um cardápio emergencial, vencendo com trabalho e criatividade. Apesar do restaurante já estar aberto, em sua versão para o novo normal, também oferece entregas pelo IFood, para quem está preferindo ficar em casa.
Atualmente, Silvia Paludo é chef executiva e operacional dos 5 restaurantes do Grupo Paludo, que reúne as três casas da bandeira Queen com o Família Paludo Parrilla e Paludo Gourmet. Ela cria os cardápios e treina toda a equipe. Apesar de exercer um cargo de direção, ainda põe a mão na massa, quando está nos restaurantes. Entre suas receitas de destaque estão o Arroz de Pato no Tucupi – com lingüiça -, bem como o Bolinho de Botecagem, receitas que agregam uma enormidade de admiradores. Entre os eventos do Paludo Goumet está o projeto “ Chef na Calçada”, onde ela faz uma inovadora apresentação de suas receitas, numa cozinha a céu aberto, em frente ao restaurante.
Silvia começou a cozinhar aos 8 anos, no Maranhão, inspirada pela avó. Mas, foi criada em Niterói, o que a deixou com uma relação muito forte com o niteroiense. Começou mesmo aos 15 anos, em seu primeiro emprego. É formada em gastronomia pela Universidade Estácio de Sá, onde recebeu a orientação educacional de Alain Ducasse, a quem continua admirando, juntamente com Claude Troigros e Vivente Maia. Como fato marcante de sua relação com o mundo da gastronomia, revela a experiência inovadora de ter iniciado o seu pleito como professora universitária da Unilasalle, fato que lhe acrescentou, também, na carreira de chef.
O Grupo Paludo dispõe de duas profissionais de Qualidade de Segurança Alimentar, formadas em Nutrição, que garantem, sempre, a condição exemplar da comida. No novo normal estão seguindo todas as normas da vigilância sanitária, tendo passado por higienização de todos os ambientes, com produtos recomendados. Também colocaram um tapete sanitizante na entrada, torre de álcool gel e muito mais. Contudo, a orientação para a equipe que, além do protocolo de segurança, é para um atendimento voltado para o bem-estar e a simpatia que sempre marcou a rotina do funcionamento do grupo, lhe conferindo o destaque entre outros locais, verdadeiramente, por atender o cliente como uma família.
A história do Grupo Paludo daria um livro. Começou com a chegada dos irmãos Roberto e Rudinei Paludo, ainda muito jovens, na então Niterói de 1987. Deixaram a pequena cidade de Rondinha, no Rio Grande do Sul, para “ganhar a vida”. Trabalharam como copeiros e garçons. Passaram a maitres e, posteriormente, alcançaram a gerencia de um renomado restaurnatre de Niterói, na época. A experiência culminou na primeira casa do Grupo Paludo, inaugurada em 1995, o Queen. Já em 1999, foi a vez da Família Paludo, um marco na vida gastronômica de Niterói. Em 2004, inauguraram o Paludo Goumet e, em 2010, o Queen Jardim.
Mais uma medida em prol do meio ambiente e riquezas naturais de Niterói sai do papel. O fluxo hídrico entre a Lagoa de Piratininga e o mar será restabelecido, já que no início de 2019 houve o desmoronamento de rochas do túnel do Tibau, o que interrompeu parte desta troca. A construção do túnel foi feita pelo Inea, em 2008. Desta forma, a responsabilidade pela desobstrução caberia ao órgão estadual. No entanto, após entendimento entre o Município e o Inea, a Prefeitura de Niterói realizará a obra. Para tirar este projeto do papel, o Município vai investir cerca de R$ 1 milhão.
O sistema lagunar da Região Oceânica tem uma gestão compartilhada entre o Município de Niterói e o Governo do Estado. Desde 2013, um convênio de co-gestão foi assinado entre o órgão e a Prefeitura de Niterói. A previsão é que o trabalho seja concluído em cinco meses. De acordo com as equipes do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO Sustentável), que coordenaram o processo de licitação para a escolha da empresa que realizará a obra, o restabelecimento do fluxo d’água deve acontecer a partir do quarto mês de obra.
“A Região Oceânica tem recebido diversos investimentos nos últimos anos, como a abertura do túnel Charitas-Cafubá e obras de drenagem e pavimentação em diferentes bairros. Desta forma, a desobstrução do túnel do Tibau será mais uma ação do Município que visa a melhorias na Região Oceânica. Além disso, Niterói é a primeira cidade em saneamento no Estado do Rio, de acordo com a Abes e o Instituto Trata Brasil, com 96% de cobertura da rede coletora e tratamento. Toda a Região Oceânica de Niterói já conta com rede coletora e tratamento de esgoto. Através de ação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e do projeto Se Liga na Rede, residências e condomínios da região são advertidos e depois multados caso continuem a despejar esgoto em galerias pluviais e não se ligarem na rede coletora”, afirma o prefeito Rodrigo Neves.
O desmoronamento de rochas do túnel foi analisado por técnicos do Município e especialistas externos. Foi constatado que o acidente foi causado por falha de execução da obra, cabendo ao Inea as obras de desobstrução do túnel do Tibau. O Município de Niterói ofereceu toda a ajuda necessária para restabelecer o fluxo de água entre a Lagoa de Piratininga e o mar, já que o sistema lagunar da Região Oceânica tem uma gestão compartilhada entre o Município de Niterói e o Governo do Estado.
A Prefeitura de Niterói tem realizado diversas iniciativas, por meio do PRO Sustentável, com foco na sustentabilidade e recuperação ambiental das bacias hidrográficas da região e do Sistema lagunar de Piratininga-Itaipu. Entre elas, a renaturalização do Rio Jacaré e o projeto “Se liga na Rede”, que realiza fiscalizações regularmente de ligações na rede coletora de esgoto da concessionária Águas de Niterói.