Para além desta instalação, a mostra apresenta também colagens digitais (nomeadas crossing-over). Recuperando o conceito do geneticista Thomas Morgan, as colagens recombinam fragmentos de desenhos realizados entre 2017 e 2020, e fotografias da exposição Squatting realizada em 2011, na qual as esculturas cerâmicas de Ilca Barcellos ocuparam o jardim do Museu Histórico de Santa Catarina. Os crossing-overs são, portanto, um conjunto de meta-trabalhos elaborados pelo entrelaçamento de obras realizadas entre 2010 e 2020.
Os trabalhos expostos revelam-se como uma intersecção de obras realizadas ao longo de uma década em faturas diversas – esculturas, instalações, desenhos e fotografias. Construídos por meio do diálogo entre arte e ciência, o natural e o artificial, o controle e o acaso, sintetizam em seu conjunto o próprio percurso artístico de Ilca Barcellos: “Iniciei na arte pelo tridimensional e pela cerâmica, aos poucos fui explorando outras faturas e linguagens: instalações, desenhos, esculturas, colagens e pinturas”. Indagada sobre quais palavras representam a exposição “squatters”, Ilca Barcellos responde: “pulsar e transgredir”!
Ilca Barcellos é natural de Pelotas/RS, mas vive e trabalha entre Florianópolis/SC e Belo Horizonte/MG. Artista visual, graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestre em Biologia Vegetal pela Université Pierre et Marie Curie, Paris VI, combina arte e ciência para expressar seu duplo percurso.
Título da exposição: ARTE CONTEMPORÂNEA FEMININA
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