O câncer não espera: jornalista lançará documentário sobre os pacientes oncológicos vítimas da catástrofe no Rio Grande do Sul

 

O lançamento será no dia 27 de setembro, em São Paulo. A bilheteria será 100% destinada aos trabalhos com pacientes oncológicos do Sistema Único de Saúde (SUS).

O ano de 2024 será marcado pela tragédia do Rio Grande do Sul. Com um prejuízo estimado no estado de R$10 bilhões em perdas patrimoniais, e R$40 bilhões em perdas do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, existem em meio aos problemas, os pacientes oncológicos. São cidadãos que lutam pelo direito de continuarem vivendo.

A jornalista Lu Braga, de forma voluntária, idealizou e dirigiu o documentário: O câncer na espera. Ela viajou até o Rio Grande do Sul para entender os impactos gerados na vida dos pacientes oncológicos gaúchos. O documentário será lançado no próximo dia 27 setembro, às 15h, no Cinemark do shopping Pátio Paulista, em São Paulo. Ele trará relatos de pacientes que perderam casas, documentos, medicamentos, mas, apesar do cenário de guerra, seguem firmes na luta pela vida. No dia não haverá vendas. Os convites estão disponíveis aqui: https://www.sympla.com.br/lancamento-oficial-do-documentario-o-cancer-nao-espera__2639492

No final de abril, quando as chuvas começaram no estado, não era possível imaginar o tamanho dos estragos que o povo gaúcho enfrentaria. Foi preciso resgatar mais de 700 mil pessoas. Grande parte delas ainda continuam em abrigos.

O oncologista Antonio Carlos Buzaid, diretor médico geral do Centro de Oncologia e Hematologia da BP, ressalta no documentário que os pacientes gaúchos precisam de atenção, “Atrasar o tratamento em alguns tipos de câncer pode afetar o prognóstico? A resposta é sim. Infelizmente, existem câncer de altíssima agressividade. O atraso no tratamento pode reduzir as chances de evoluir bem ou até mesmo de curar”, ressalta Buzaid.

E o nome do documentário é prova de que realmente o câncer não espera. A dona Solange Cardozo Herold, de São Leopoldo (RS), é uma das personagens do documentário. Ela estava ansiosa para se ver na tela do cinema, não resistiu e morreu na última semana, devido as complicações de um câncer metastático.

Dona Solange foi diagnosticada tardiamente com câncer de intestino. Assim, como muitas mulheres, acabou sendo abandona pelo companheiro de quatro décadas. Foi acolhida pela nora, que era sua fiel companheira durante o tratamento oncológico. Por causa da catástrofe, as duas ficaram em um abrigo oncológico, na capital, Porto Alegre, para dar continuidade ao ciclo quimioterápico.

A chuva passou, o estado do Rio Grande do Sul passou a receber menos atenção. É o que sente o povo gaúcho. O seu Osmar Schefer teve a casa tomada pela água. Ele é morador do bairro Rio dos Sinos, em São Leopoldo, região Metropolitana de Porto Alegre. Em tratamento contra um câncer de bexiga, com incontinência urinária, ele usa no lugar da fralda, sacolas plásticas. Vivendo em extrema vulnerabilidade social por causa da tragédia do Rio Grande do Sul, ele conta que o sentimento é desolador. “Ninguém imagina o que estamos vivendo. Fui resgatado por vizinhos. A água subiu até quase o telhado. Perdemos tudo. O sentimento é de total abandono. As cenas são de terror, de muita dor e tristeza”.

O documentário não conta com nenhum incentivo público. Ele foi feito de forma voluntária, com o propósito de dar voz aos pacientes oncológicos vítimas da tragédia do Rio Grande do Sul. Para quem acreditar na importância da causa e quiser apoiar o documentário, é possível por meio de um coletivo: https://benfeitoria.com/projeto/curta-o-cancer-nao-espera-1q0x?ref=search

 

 

 

saude.niteroi.rj.gov.br

 

 

 

https://www.alerj.rj.gov.br/

 

 


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