Depois de celebrar o quinto lugar de Giullia Penalber em Paris 2024, melhor resultado da história do wrestling brasileiro em Jogos Olímpicos, a Confederação Brasileira de Wrestling segue com a marcha engrenada para desenvolver a base da modalidade.
Comandada pelos treinadores David Maia e Thiago Queiroz, a delegação brasileira está em Amã, capital da Jordânia, com os quatro atletas que disputarão o Campeonato Mundial Sub 17, entre 19 e 22 de agosto. O melhor desempenho do país na competição foi um 6º lugar em 1982.
Os niteroienses Yuri Landim Ribeiro (categoria 48 kg) e Guilherme Landim Sales (80 kg) e o cuiabano Raphael Higor Duarte (110 kg) competirão no estilo greco-romano, a partir das 4h30 de segunda-feira (19), no horário de Brasília. A paulistana Julia da Silva Joaquim adentrará o tapete na quarta-feira (21), no estilo livre, também na madrugada. Nesta classe etária, a luta dura dois períodos de dois minutos cada um, com intervalo de 30 segundos entre eles.
O público poderá acompanhar a competição no streaming UWW PLUS e no X da CBW @cbw_oficial.
19/08 – Segunda-feira – Eliminatórias e semifinais do greco-romano – 4h30 e 12h
20/08 – Terça-feira – Repescagem e disputas de medalhas – 4h30 e 12h
21/08 – Quarta-feira – Eliminatórias e semifinais do livre – 4h30 e 12h
Dia 22/08 – Quinta-feira – Repescagem e disputas de finais – 4h30 e 12h
MAIS SOBRE OS ATLETAS
Yuri Landim Ribeiro – greco-romano 48kg – 16 anos (2/4/2008) – Niterói-RJ
Atual vice-campeão panamericano da categoria. Yuri seguiu os passos dos irmãos mais velhos Paulo Júnior e Yan Landim. Paulo não compete mais oficialmente, mas Yan integra a equipe nacional Sub-20. Todos são naturais de Niterói, região metropolitana do Rio, e competem pela Niterói Wrestling. Equipe fundada por Marcelo Gomes, o Zulu, que ganhou fama ao participar de realities shows como Big Brother e No Limite. Yuri é integrante da equipe permanente que treina no Complexo Esportivo Caio Martins, na cidade do Rio de Janeiro, sob comando do treinador português David Maia.
Guilherme Landim Sales – greco-romano 80kg – 17 anos (1/8/2007) – Niterói-RJ
Primo de Yuri, Guilherme vive seu melhor ano na modalidade. O lutador venceu uma seletiva nacional para disputar o Pan-Americano Sub-17 da modalidade. No Pan, Guilherme brilhou e se tornou campeão panamericano da categoria. O título não vinha desde 2018, quando Igor Queiroz também se sagrou campeão das Américas. Também fez parte da equipe permanente em 2023, quando a sede ainda ficava em Campina Grande-PB.
Raphael Higor Rodrigues Duarte – greco-romano 110kg – 15 anos (25/9/2008) – Cuiabá-MT
Natural de Cuiabá (MT), Raphael passou a integrar a equipe permanente em 2024, já no Rio de Janeiro. O lutador também foi vice-campeão do Pan-Americano U-17 e garantiu sua vaga para o Mundial. Apesar da pouca idade, Raphael vem amealhando medalhas.
Julia da Silva Joaquim –livre feminino 73kg – 16 anos (17/10/2007) – São Paulo-SP
Julia começou a praticar wrestling por influência do irmão Vinicius Joaquim, vice-campeão panamericano na classe adulta. A lutadora foi vice-campeã do Pan-Americano na categoria mais pesada do estilo livre feminino nesta faixa etária.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE OS ESTILOS GRECO-ROMANO E LIVRE
Greco-romano
– Introduzido na Antiguidade, em 708 a.C.
– Disputado somente no masculino.
– Atletas do Brasil mais bem posicionados no ranking mundial: Joilson Junior (31° na categoria 77 kg) e Eduard Soghomonyan (43° na categoria 130 kg).
– A regra só permite que o lutador segure seu oponente acima da cintura. Na parte superior é possível aplicar lançamentos, quedas e bloqueios. Ataques e defesas com as pernas são proibidos.
– Em caso de passividade, o combate recomeça do solo. O lutador punido por falta de ataque recomeça o embate de bruços, com seu rival tendo de 20 a 30 segundos para agarrá-lo e levantá-lo ou, então, para executar uma inversão para marcar pontos.
– Sobre o final de uma luta, para vencer por superioridade técnica, o limite mínimo da vantagem é de 8 pontos.
– Muito popular na Europa e em países com tradição no estilo, tais como Cuba, Irã, Quirguistão e Japão
Livre
– Iniciou nos Jogos Olímpicos da Era Moderna em 1904 entre os homens e 2004 entre as mulheres.
– Disputado no masculino e feminino.
– Atletas do Brasil mais bem posicionados no ranking mundial: Giullia Penalber (5ª) e Laís Nunes (15ª) na categoria 62 kg; Davi Giovanetti (45° na categoria 57 kg) e Pedro Samuel Gonçalves (72° na categoria 86 kg).
– A regra possui maior liberdade de movimentos. É permitido atacar membros superiores e inferiores, usar as próprias pernas para defender.
– Os casos de passividade são punidos com “short clock”. Ao fim dos 30 segundos, o oponente do atleta punido recebe um ponto.
– Para vencer por superioridade técnica, o limite mínimo da vantagem é de 10 pontos.
– Mais comum em países como Estados Unidos, Rússia, Índia e Irã.
Sobre a CBW
A CBW (Confederação Brasileira de Wrestling) é a entidade responsável pelo wrestling nacional em seus estilos greco-romano, livre masculino e livre feminino. Além de gerir também o beach Wrestling, ou wrestling de praia (esporte não-olímpico).
Atualmente, a Confederação Brasileira de Wrestling é presidida por Flavio Cabral Neves. O principal objetivo da entidade é tornar o esporte nacional uma referência, fortalecendo suas federações afiliadas e investindo nas categorias de base para propagação da modalidade. A CBW é filiada ao Comitê Olímpico do Brasil, United World Wrestling e United World Wrestling Américas e conta com o apoio da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Estácio e Comitê Brasileiro de Clubes.
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