O buquê de noiva, tradicionalmente uma peça central no visual da noiva, está passando por uma transformação. Desde a Antiguidade, quando noivas gregas e romanas carregavam ervas e especiarias para atrair boa sorte, até os dias atuais, os buquês evoluíram, refletindo mudanças culturais e de estilo. Hoje, ele deixou de ser apenas um acessório para se tornar uma verdadeira expressão pessoal da noiva, acompanhando novas tendências que priorizam a autenticidade e a individualidade.
A decoradora Luiza Fiorito, renomada por criar ambientes de casamento que são verdadeiras obras de arte, destaca que o buquê não deve ser visto apenas como um complemento da decoração, mas sim como um reflexo da personalidade da noiva. “O buquê é como a bolsa da noiva. Ele não precisa combinar com as flores da cerimônia ou com a lapela do noivo, mas sim com a própria noiva e sua essência”, explica Luiza Fiorito.
Essa perspectiva desafia convenções, rompendo com a ideia de que o buquê precisa estar totalmente alinhado à decoração do evento. Segundo Luiza Fiorito, o buquê deve realçar a noiva, mas sem jamais ofuscá-la. “O foco deve sempre estar na noiva, e o buquê precisa ser um acessório que a complemente, não que a sobreponha.”
Na criação do buquê ideal, a escolha das flores vai além da estética. É essencial considerar a estação, a disponibilidade das espécies e o orçamento. Optar por flores sazonais não só ajuda a evitar gastos excessivos, mas também garante que o buquê esteja em harmonia com o momento. Contudo, para Lu Fiorito, o mais importante é que as flores sejam nobres e carreguem um significado especial. “Elas devem criar uma identidade com a noiva, transformando o buquê em uma extensão da sua personalidade.”
Além do simbolismo e da beleza das flores, Lu Fiorito destaca a importância da harmonia na composição. “Volume, linearidade e design são fundamentais para que o buquê se destaque de forma equilibrada, sem desviar a atenção da noiva.”