Diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda com apenas 3 anos, o pequeno Arthur escreveu uma história de muita luta ao longo de cinco anos de tratamento. Depois de diversas sessões de quimioterapia que não promoveram a melhora esperada, ele também foi submetido a um transplante de medula óssea em 2020, mas alguns meses depois do procedimento, apresentou nova recaída.
Segundo a dra. Adriana Martins de Sousa, transplantadora de medula óssea pediátrica do CHN, da Dasa, as terapias convencionais não conseguiram eliminar as células tumorais do menino. Mas em 2023 uma nova perspectiva e esperança de cura aconteceu. Arthur, já com oito anos de idade, foi o primeiro paciente pediátrico no estado do Rio de Janeiro a utilizar a terapia CAR-T Cell (sigla em inglês para Chimeric Antigen Receptor T-Cell Therapy) no CHN, um procedimento que altera geneticamente os linfócitos T (as células de defesa do organismo) para que sejam capazes de rastrear e combater o câncer.
Para realização da CAR-T Cell é necessário que uma amostra dos linfócitos T do paciente seja coletada e separada em um equipamento, semelhante à máquina de hemodiálise, e depois congelada para envio a um laboratório especializado nos EUA, onde é manipulada para enfrentar as células tumorais presentes no organismo.
“Quando as células retornam para o hospital, o paciente é preparado com quimioterapia e então ocorre a infusão do CAR-T. Hoje, passados alguns meses, podemos afirmar que ele teve uma resposta favorável ao tratamento e seguirá em acompanhamento médico regular”, explica a dra. Adriana.
No Brasil a Anvisa liberou esse tipo de tratamento em alguns casos de leucemia, linfoma e mieloma apenas em situações em que os pacientes em estágio avançado das doenças já foram submetidos anteriormente a outras formas de tratamento sem obter o sucesso.
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