Victorino Aguiar lança seu sexto livro, “Recontagens”, uma coletânea de 16 narrativas curtas, no dia 4 de outubro, no Bar Restaurante Ernesto, na Lapa, ao lado da Sala Cecília Meireles.

 

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Victorino Aguiar, professor aposentado, que já chegou a ser  considerado uma máquina de escrever, pela força de sua produção literária,  lança seu sexto livro, “Recontagens”, uma coletânea de 16 narrativas curtas. Nelas, o autor dá vida a personagens dotadas de uma profunda humanidade, fragilizadas, vulneráveis, com limitações e restrições emocionais de toda ordem.

A ênfase na dimensão humana que o autor confere às histórias, relatos de situações comuns com que nos defrontamos no dia a dia, faz com que as narrativas, pela simplicidade delas, dialoguem com o leitor e prendam a atenção dele já nos primeiros parágrafos. Aguiar passeia com desenvoltura entre a ficção e a realidade, além de se permitir experimentar diversos gêneros literários. 

 
 
Romances, contos, poemas e crônicas estão entre as preferências do escritor. Vão aqui as histórias, com as respectivas sinopses, na ordem em que surgem no livro.

1) Uma vez Flamengo – Torcedor pouco convencional, vítima de abandono na infância e comprometido por formação machista, se defronta com dificuldades no Maracanã.

2) Provérbios – Durante a ditadura militar, universitário contestador passa por maus bocados.

3) Ladrão de mulher – Recordações de idoso têm encontro marcado com tragédia no circo.

4) O carismático – Ativista político quebra a rotina do centro de uma grande cidade.

5) Transferência – Terapeuta não dá conta de uma paciente, e se transforma em personagem do problema dela.

6) O julgamento do poeta – Num futuro não muito distante, jovem transgressor é vítima de cancelamento.

7) Almas gêmeas – Idoso vulnerável, com problemas emocionais e de memória, narra encontro insólito e enigmático de dois rapazes na praça de uma pequena cidade.

8) João sem braço – Político profissional, apesar de ter carreira tragicamente prejudicada, consegue dar um passo à frente.

9) Adultério – Doente emocional com problemas de alcoolismo se ampara na Filosofia e na religião para evitar tragédia.

10) A morta – Marido tenta, sem sucesso, requisitar os serviços da polícia para elucidação do assassinato da esposa.

11) O testamento – Morte trágica de aspirante a escritor deixa viúva a ver navios.

12) URA! URA! URA! – A narração da ascensão e queda da ditadura militar é pano de fundo para o romance abortado de um idealista.

13) A senhora – A morte suscita as primeiras reflexões filosóficas de uma criança.

14) Chumbo, chuva e choro – Crítico da ditadura militar sofre as consequências de suas posições ideológicas, e acaba por perder o emprego.

15) A promessa – Devotos não conseguem pagar promessa, e a inadimplência tem graves repercussões.

16)  Frederico – Cidade pequena se depara com crime insolúvel.

O lançamento oficial será feito no dia 4 de outubro, a partir das 18:00, no Bar Restaurante Ernesto, na rua da Lapa, 41, ao lado da Sala Cecília Meireles.

Sobre o autor

Nascido e criado no subúrbio carioca, o autor morou por muito tempo na Zona Norte,  desde o Cachambi, Méier, onde nasceu, passando pelo Campinho, Bento Ribeiro, Fontinha, Todos os Santos, Jacarepaguá, Cavalcante, Jacarezinho, Sampaio, Tijuca, e outros mais.

Como consequência disso, boa parte das tramas é ambientada nos subúrbios cariocas, com evidente inspiração nas intensas vivências do autor  nesta Região.

Aguiar iniciou sua carreira literária aos 12 anos, quando publicou no jornal escolar um poema dedicado a sua mãe, falecida quando ele tinha apenas quatro anos. Ele morou boa parte da vida com o pai viúvo e inválido, de favor, nos fundos de uma padaria em Todos os Santos. Depois de passar pelo internato, percorreu ainda um longo caminho para superar as agruras da vida, até encontrar condições para dar início à carreira de escritor.  O autor aprendeu a ler sozinho, antes de ingressar na escola. Da mesma forma, ele iniciou sua atuação como Professor de Língua Portuguesa e Literatura aos 21 anos, antes mesmo de ingressar na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde se licenciou em Letras.

Durante muito tempo Victorino Aguiar produziu e guardou na gaveta centenas de textos, a maioria dos quais ele destruiu. Foi só em 2006 que ele conseguiu publicar o primeiro livro de contos, “URA! URA! URA! e outras histórias entre o Céu e a Terra”.

Em 2010, veio a lume mais um livro de contos. Com o sugestivo título “Ladrão de mulher”, escrito em estilo coloquial e com desfechos rápidos, o livro foi uma grata surpresa literária, pela qualidade da prosa – ágil, enxuta e precisa. Em 2020, Victorino Aguiar publicou seu primeiro romance, “Povo heróico –  mãe gentil”, nas palavras do próprio autor, “um texto experimental híbrido, que transita livremente entre os gêneros conto, crônica e documento, uma espécie de distopia mal comportada.” Em 2021, vem a público mais um romance, “Flora Diniz: singulares memórias de uma viúva”, seguido por outro, em 2022 – “O inventário”.

O autor tem pronto para publicação um livro inédito de poemas, “Poesia líquida”, dois romances também inéditos ainda sem títulos, dois romances e um livro de contos em gestação, além de crônicas, ensaios, artigos científicos etc.

Com seu estilo tenso e mordaz, porém humanista, sem perder o viés crítico que o caracteriza, Victorino Aguiar se coloca certamente na trilha dos grandes autores contemporâneos.

Onde encontrar os livros do autor: https://www.amazon.com.br/Victorino-Aguiar/e/B09DGF47FK%3Fref=dbs_a_mng_rwt_scns_share


 


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