Com mais de 60 horas de duração, o HackNit, que é a maratona tecnológica de Niterói, terminou na noite de domingo (25). Em sua terceira edição, o evento que aconteceu, pela primeira vez, em um ambiente totalmente online, por conta da pandemia do novo coronavírus, começou na sexta-feira (23) com 30 equipes e 124 participantes. A primeira colocada na disputa foi a equipe Zeus, com o NitOnline, que propõe trazer informação em tempo real da lotação do bicicletário Araribóia através da leitura de QRCode, podendo ser acessado em qualquer dispositivo.
O segundo lugar ficou com a Turing, que apresentou o Nitscreen, um sistema de tela interativa nos pontos de ônibus e barcas, tendo como chamada inicial o tempo de chegada do transporte e a climatologia do dia. A ideia da tela interativa é abranger toda a população de Niterói, até mesmo aquela minoria que não possui smartphones. A terceira posição foi conquistada pela Tomorrow Thoughts, com o Quicktanda, um aplicativo que conecta quitandas e consumidores com o objetivo de fomentar o microempreendedorismo de bairro.
“Criado em 2018, o hackathon de Niterói tem com o objetivo envolver a população na solução dos desafios, de maneira que o cidadão adote uma posição mais ativa diante dos problemas da cidade, propondo projetos tecnológicos para a administração pública”, conta a secretária municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão (Seplag), Ellen Benedetti.
A secretária lembra que a população escolheu, em março, por meio de uma consulta virtual via COLAB.re, os três eixos de atuação do HackNit 2020, com base no plano estratégico “Niterói Que Queremos”. As escolhas foram: Niterói Organizada e Segura, Niterói Saudável e Niterói Escolarizada e Inovadora. Além disso, por conta da pandemia do novo coronavírus, foi criado o quarto eixo, este sobre o desenvolvimento socioeconômico pós Covid-19.
Os vencedores por eixos foram os seguintes: Niterói Organizada e Segura, equipe Zeus, como NitOnline; Niterói Saudável, equipe SmartTeam Exponencial, com o app Dra. Beth, um chatbot para atendimento primário de pessoas com suspeita de zika, dengue e chikungunya, que também irá georreferenciar os casos por bairros; Niterói Escolarizada e Inovadora, equipe Flap Team, com o NitPlay, uma solução que visa a centralizar os pontos culturais municipais de Niterói integrando o aluno e população, o ponto cultural e a rede de ensino, no qual a escola poderá consultar datas disponíveis para marcar eventos escolares junto aos pontos culturais, além de o usuário poder visualizar toda a programação destes pontos culturais, fazer inscrição, check-in no evento e ter descontos e benefícios por meio de gamificação; Desenvolvimento socioeconômico pós Covid-19, a equipe Tomorrow Thoughts, com o Quicktanda.
“Um dos diferenciais este ano foi o tema da pandemia, que além de trazer um evento totalmente virtual, esteve nas soluções apresentadas, dialogando com o trabalho que a Prefeitura vem desenvolvendo na cidade no combate ao avanço do vírus”, enfatiza Ellen Benedetti.
No ranking geral, a equipe que conquistou a primeira colocação recebeu uma premiação de R$ 25 mil, a segunda colocada ficou R$ 15 mil, e a terceira com R$ 5 mil. Além da premiação em dinheiro, os três primeiros lugares ganharam um Passe Hacker para a HackBrazil 2021, maratona organizada pela Brazil Conference at Harvard & MIT. Todos os participantes da maratona terão acesso a cursos relacionados à modelagem e validação de negócios da na área de Inovação, Empreendedorismo e Legislação. O vencedor de cada eixo terá ainda um projeto de pré-incubação.
“Esta é uma forma de incentivar e apoiar os participantes, criando novas possibilidades de negócios, de soluções tecnológicas cada vez mais inovadoras. Niterói já é a 11ª cidade mais inteligente do Brasil e busca, cada vez mais, avançar neste ranking. Esta terceira edição do HackNit traduz o quanto o projeto se desenvolveu como ferramenta e como canal de participação ativa da população para alcançar soluções inovadoras para a cidade!, afirma a secretária.
A edição 2020 do HackNit contou com a parceria do Sebrae/RJ, SERPRO, Engie, Unisuam, BCP Advogados, UFRJ (Laboratório do Futuro), e também o PRODERJ, por meio do LAEP (Laboratório de Aceleração de Eficiência Pública do Estado do Rio de Janeiro).
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