A mostra “Antônio e Dakir Parreiras: de pai para filho” ganhou versão virtual.

 

 

A exposição “Antonio e Dakir Parreiras: de pai para filho” ganhou versão virtual e promete deixar o isolamento social de muitos admiradores das artes plásticas mais dinâmico e enriquecido. A mostra, produzida pelo Museu Antonio Parreiras e exibida no Museu do Ingá em 2018, aborda a relação entre Antonio Parreiras, ícone do paisagismo brasileiro nos séculos XIX e XX, e seu filho Dakir, também pintor.

Disponível em www.galeriamuseuantonioparreiras.com, a edição virtual reúne pinturas dos artistas – incluindo a reprodução de quatro telas de Dakir Parreiras cedidas pela família do pintor especialmente para a exposição. Há ainda fotografias e um vídeo criado a partir da dedicatória que Antonio Parreiras escreveu para o filho na autobiografia “História de um pintor contada por ele mesmo”. Também consta do site material inédito, como o registro em fotografias da exposição no Museu do Ingá, propostas de atividades e uma entrevista com Aloysio Parreiras de Mesquita, sobrinho-neto de Antonio Parreiras. Tanto o Museu Antonio Parreiras quanto o Museu do Ingá são espaços da FUNARJ.

Pintor, desenhista, escritor e professor, Antonio Parreiras (1860 – 1937) iniciou os estudos na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), no Rio de Janeiro, como aluno do artista alemão Georg Grimm. Em 1884, abandonou a Academia, acompanhando seu mestre e outros alunos para formar o Grupo Grimm, marco da pintura de paisagem na arte brasileira. Pintou paisagens, nus, retratos e quadros de temas históricos. Realizou diversas viagens de aperfeiçoamento à Europa e tornou-se professor da Escola Nacional de Belas Artes. Em 1926, amplamente consagrado como artista, publicou o livro autobiográfico História de um pintor contada por ele mesmo, que dedicou ao filho Dakir.

Assim como Antonio, Dakir Parreiras (1894 – 1967) seguiu a carreira de pintor, desenhista e professor. Em companhia do pai, ainda bem jovem passou uma temporada de aperfeiçoamento em Paris, onde foi aluno da Académie de la Grande Chaumière e da Académie Julian,  tendo aulas com Marcel Baschet e Henri Royer. Pintou paisagens, retratos e quadros de temas históricos, tendo trabalhos em diversas instituições e prédios públicos. Entre eles, os palácios de governo de Porto Alegre, Florianópolis e Pernambuco e os teatros municipais de Ribeirão Preto e de Campinas.

 

.

 

O retrato do Coronel José Claro Ferreira da Silva, óleo sobre madeira, 1905, ampliado na abertura desta edição, foi pintado em dupla, por Antonio Parreiras e Dakir Parreiras, pai e filho. Faz parte do acervo Museu Antonio Parreiras

 


Descubra mais sobre Gabriela Nasser

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *