O que aprendemos com a infecção pelo novo coronavírus?
Por Vitor Dominato*
Já evoluímos muito sobre as terapias para curar a Covid-19, mas ainda temos muito a aprender. Trata-se de uma doença traiçoeira e que gera medo. Nessa época de pandemia do novo coronavírus, vi o medo e a insegurança no rosto dos pacientes, de seus familiares e entre nós, da área da saúde, especialmente de quem ficou na linha de frente do atendimento. Além das dúvidas e do pânico gerados pelas fake news que circularam nas redes sociais.
Mas o que realmente fez – e faz – a diferença no tratamento dos pacientes com Covid-19 foi a assistência multidisciplinar durante e após a fase aguda da doença. As medidas de suporte à vida integradas foram fundamentais, como hidratação; oxigênio; ventilação mecânica invasiva e não invasiva; fisioterapia; suporte nutricional adequado; cuidados intensos da enfermagem e suporte psicológico, entre outras atenções e ações promovidas por uma equipe interdisciplinar.
Os protocolos de atendimento sofriam mudanças e adequações quase que diariamente em relação ao tratamento com medicações, equipamentos etc. (exceto o suporte à vida), condutas estas preconizadas pelas renomadas instituições científicas do país e do mundo.
Infelizmente, a pandemia ainda não passou, dessa forma, precisamos nos manter atentos e seguir alguns hábitos de cuidado com a vida. São eles: evitar aglomerações; dar preferência aos passeios e às atividades físicas em locais arejados; manter a higiene das mãos com água e sabão com maior frequência; ter álcool gel 70% sempre à disposição; permanecer de máscara ao sair de casa; beber, no mínimo, dois litros de água filtrada por dia; optar por uma alimentação saudável, com 50% do prato com legumes e verduras; consumir mais de três frutas diferentes por dia; reduzir ou abolir a ingestão de bebida alcoólica; controlar o peso corporal e realizar avaliação médica rotineiramente, visando à promoção da saúde.
*Vitor Dominato é médico especializado em clínica geral, paliativista e atua na Unidade de Internação do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN).
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