Cláudio Castro dá início à retomada das obras da estação de metrô da Gávea, paralisadas há dez anos*

 

_Governador também assinou novo contrato com o MetrôRio, unindo, pela primeira vez no Brasil, duas concessões_

O governador Cláudio Castro anunciou, nesta quinta-feira (10/04), a retomada das obras da estação de metrô da Gávea, após uma década de paralisação. A previsão de entrega das obras é de 36 meses, após a mobilização do canteiro e a drenagem dos túneis. Na ocasião, Castro assinou o novo contrato com o MetrôRio, o primeiro a unificar duas concessões no Brasil. O documento também prorroga até 2048 o contrato de exploração das linhas pela concessionária MetrôRio.

– A retomada das obras da estação representa um novo tempo para o Rio de Janeiro. O Governo do Estado solucionou um conjunto de questões complexas do passado. Além da obra da estação Gávea, apresentamos solução para as barcas, o transporte intermunicipal, estamos resolvendo os trens. Mas, tão importante quanto a retomada desta obra, é a unificação das duas concessões do metrô, feita pela primeira vez no Brasil. A partir de agora, todos os debates são possíveis, incluindo a ligação Estácio x Praça XV, os estudos para a Linha 3 e a expansão até o Recreio. Vamos enfrentar a discussão também do valor da tarifa, que já está em estudo de viabilidade – afirmou o governador Cláudio Castro.

O projeto inicial da Estação Gávea foi alterado, com o objetivo de reduzir os custos e tornar viável a entrega do equipamento e do serviço à população o mais brevemente possível. O trecho do acesso da Estação Gávea no sentido São Conrado foi priorizado por estar quase concluído, faltando escavar apenas 60 metros. A previsão é que cerca de 20 mil pessoas sejam beneficiadas com a conclusão das obras.

*Novo contrato unificado*
O novo contrato com o MetrôRio é referente às concessões das Linhas 1, 2 (a cargo da concessionária MetrôRio) e da Linha 4 (até então concedida à Rio Barra), e foi elaborado pela Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram), com a atuação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Controladoria-Geral do Estado. O documento foi referendado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) na Justiça. O acordo definiu obrigações e direitos dos envolvidos na continuidade da obra, com solução definitiva para o risco de dano estrutural da área.

– A retomada da obra da Gávea é o resultado de muito trabalho. Desde 2023, a Secretaria de Transporte trabalha para destravar problemas históricos da mobilidade urbana do estado. Desenvolvemos medidas que priorizam os transportes de alta capacidade. O objetivo é promover deslocamentos dignos e de qualidade para a nossa população – destacou o governador.

O MetrôRio se comprometeu a investir R$ 600 milhões. Já o Governo do Estado ainda deverá investir R$97 milhões para complementar as intervenções, e está reservando mais R$300 milhões, caso seja necessário aportar mais recursos para concluir a estação.

– O evento de hoje, além de permitir a retomada das obras da estação Gávea, significa o destravamento dos investimentos na expansão do sistema metroviário do Rio de Janeiro. A cidade possui grande demanda de transporte estruturante de alta capacidade. O investimento em metrô traz um enorme retorno para a sociedade, por meio do aumento da qualidade de vida, geração de empregos e impacto social e ambiental – afirma o presidente do MetrôRio, Guilherme Ramalho.

A Setram também recorreu ao apoio técnico da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). A instituição auxiliou na definição do fluxo de caixa que vai orientar a relação contratual entre a concessionária e o Estado durante os próximos 25 anos.

O acordo também conta com índices de performance operacionais e de qualidade na prestação dos serviços, além de ferramentas para identificação e redução de riscos, aumentando a possibilidade de investimentos para levar melhorias aos mais de 600 mil usuários diários do sistema.

*Novo contato permite implementação da tarifa pública*

O contrato estabelece uma nova forma de remuneração da concessionária, incluindo limites de pagamento de subsídio público e possibilitando que o Governo do Estado defina uma tarifa pública de transportes, com valor mais justo e acessível para a população, a chamada “Tarifa RJ”.

O valor, que não será mais baseado na tarifa técnica, vai ser definido a partir de um estudo detalhado, levando em conta os cenários e condições de toda a população da Região Metropolitana.

 

 


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