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Após um ano repleto de conquistas, alunos do Colégio Estadual Maria Justiniano Fernandes, de Nova Iguaçu, competiram e apresentaram projeto do ‘Papel Biotech’ em evento nacional
Estudantes das escolas estaduais do Rio de Janeiro foram destaque em campeonato nacional de robótica. A equipe Rex Tech, formada por estudantes do Colégio Estadual Maria Justiniano Fernandes, de Nova Iguaçu, participou do Torneio Brasil Robótica (TBR), uma das principais ações do calendário deste tema no país, realizada neste mês de dezembro, no Colégio Marista Vila Velha, no Espírito Santo. Na competição, os alunos apresentaram o projeto de criação de um papel biodegradável. O evento tem como objetivo contribuir para a formação das crianças, jovens e adultos, desenvolvendo competências que propiciem a criatividade, a inovação e o desenvolvimento tecnológico.
– Nós devemos direcionar o olhar para este jovem na perspectiva da educação, e também do meio ambiente, da ciência e da tecnologia. A participação do jovem na sociedade é fundamental, porque esse jovem vai direcionar o país que a gente vai viver. Não é daqui a 20 anos, mas daqui a pouco tempo já vivenciaremos essa nova realidade – afirmou o governador Cláudio Castro.
O TBR é uma das principais competições do país, que, além de ofertar uma modalidade própria de evento de cunho educativo-científico-tecnológico, visa preparar crianças, jovens e adultos para atuarem de diferentes modos na pluralidade científica e tecnológica do mundo do trabalho.
Há 12 anos, o torneio explora as competências individuais de seus participantes no enfrentamento e resolução de problemas no mundo real, estimula o empreendedorismo por meio das soluções apresentadas aos problemas trabalhados, fortalece as habilidades técnicas e científicas individualmente de cada integrante, além de exercitar os domínios da gestão de forma ampla e integrada, fazendo a melhoria contínua dos processos.
– Conversei com alunos de outras escolas que não faziam ideia do que era a robótica, e isso me fez perceber o quanto eu precisava aproveitar essa oportunidade que estava tendo. Hoje em dia, a sensação de pertencimento já está consolidada, e espero poder contribuir – comentou Letícia de Oliveira da Silva, de 17 anos, da 2ª série do Ensino Médio.
Além de competirem, os alunos apresentaram o projeto do ‘Papel Biotech’, um papel biodegradável, criado a partir do reaproveitamento de cascas de frutas, para a redução do desmatamento, auxílio da restauração de nutrientes do solo, redução de gases tóxicos e reutilização da água da chuva. Ao ser descartado, o produto não polui em contato com a água (rio e mar), mas, sim, ajudaria a limpar. O papel fez tanto sucesso que os jurados de Mérito Científico aconselharam os estudantes a patentear essa ideia inovadora.
– Estar na etapa nacional do TBR é uma grande realização. Todos os momentos foram marcantes, e não poderia finalizar melhor! Estar no meu último ano e representar nossa equipe neste torneio verdadeiramente é um sonho – festejou Ana Clara Soares da Silva, integrante da Rex Tech e aluna da 3ª série do Ensino Médio da escola da Baixada.
A robótica educacional incentiva o trabalho em equipe, a cooperação, o planejamento, a pesquisa e a tomada de decisões, além de promover o diálogo e o respeito a diferentes opiniões. Também trabalham a interdisciplinaridade, com conceitos de diversas áreas, como linguagem, matemática, física, eletricidade, eletrônica, mecânica, arquitetura, ciências, história, geografia e artes. A iniciativa desenvolve a criatividade dos alunos, o raciocínio e a lógica na construção de maquetes e de programas. O trabalho desenvolvido na escola está colhendo frutos para o surgimento de novos programadores e desenvolvedores.
– A robótica não utiliza somente as ciências exatas. Ela trabalha também essa capacidade de criação, toda essa questão cognitiva de atenção, de fazer, de acontecer, de dar certo. Esse cenário é muito mais do que um quadro futurista. Ele é inspirador. Estamos muito felizes, e parabenizo todos esses alunos maravilhosos – declarou a secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto.
A equipe da escola da Baixada já é considerada uma das principais do país, com conquistas em diversas competições, como o Roboworld Cup Fira 2024, realizado no Maranhão, em agosto deste ano. Eles foram campeões mundiais no torneio Missão Impossível e ficaram em segundo lugar na disputa Cabo de Guerra, ambas até 14 anos.
– A participação da nossa equipe nesses eventos mostra a força de um projeto que está se consolidando, cada vez mais, em nossa região. A Rex Tech nos enche de orgulho. Estamos muito animados e felizes, pelo belo trabalho desenvolvido por esses estudantes – concluiu Adriana Igrejas, a orgulhosa diretora do Colégio Estadual Maria Justiniano Fernandes.
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