Por Felipe Ribeiro, diretor médico do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN)
Na semana em que celebramos os 451 anos de Niterói, comemoramos também a evolução da saúde na cidade. Prova disso é a redução das taxas de mortalidade na região. De acordo com dados da Sala de Situação de Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, o número de óbitos totais em Niterói e arredores vem caindo após o período pandêmico: saímos de 5.271 no ano de 2022 para 3.322, até o momento, em 2024. As doenças circulatórias representaram a maioria dos óbitos, com 24%, e os casos de câncer, 18%. Patologias que norteiam um caminho e olhar ainda mais apurados para ações de atenção primária e medicina preditiva.
Nossa região também foi cenário de atendimentos de alta complexidade em saúde. No Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), da Dasa, aconteceu o primeiro transplante cardíaco Norte-Leste Fluminense, assim como a introdução da cirurgia robótica e a realização da primeira terapia CAR T-Cell, após a aprovação da Anvisa.
Esses são apenas alguns exemplos que elevam Niterói ao patamar de outras cidades com centros urbanos de excelência em saúde e capazes de fomentar o “turismo médico”, termo popular que define quando pacientes de outros estados e regiões viajam para ser atendidos em determinado local, justamente por sua expertise.
Por falar em experiência, destaco que Niterói também é uma cidade transplantadora. O CHN é o hospital líder em transplantes de medula óssea na medicina privada do Rio de Janeiro, sendo responsável por 60% de todos os procedimentos desse tipo realizados no nosso estado. Um motivo de grande orgulho. Afinal, conseguimos salvar tantas vidas com investimento contínuo em tecnologia e inovação, ampliando não só o acesso a uma medicina de ponta e vanguarda, quanto transformando a forma como a população cuida da saúde.
Cuidado que se reflete em números e qualidade de vida: nos últimos anos, a resolução cirúrgica e o manejo de pacientes graves também impactaram positivamente os indicadores, contribuindo para uma redução significativa no tempo de permanência dos pacientes internados e para um melhor desfecho clínico. Além disso, os principais indicadores de saúde relacionados à redução da mortalidade por doenças cardiovasculares, oncológicas e infecciosas, para citar alguns exemplos, também foram potencializados, já que estão diretamente relacionados à capacidade de diagnóstico precoce e à excelência nos tratamentos.
Como case de sucesso, conseguimos apontar o investimento em tecnologias, como inteligências artificiais, metaverso e impressão 3D, para tornar o diagnóstico e o planejamento de cirurgias ainda mais ágil e assertivo, além do acolhimento desde a entrada do paciente até o pós-alta, com nossos ambulatórios e criação de linhas estratégicas de cuidado.
Diante do futuro e desenvolvimento que desejamos para a saúde de Niterói, destaco a importância da integração entre tecnologia, expertise médica e modelo de gestão centrado no paciente. Estes elementos são fundamentais para garantir que o cuidado com a população niteroiense continue avançando, e para que mais vidas possam ser salvas.
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