MPRJ, MPSP e PMSP deflagram operação contra grupo especializado em aplicar o golpe ‘Boa Noite, Cinderela’ para roubar criptoativos

 

Na manhã desta sexta-feira (23/08), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com o apoio do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da Polícia Militar de São Paulo (PMSP), deflagrou a segunda fase da Operação Medellín. A ação teve como objetivo desmantelar uma organização criminosa especializada em aplicar o golpe conhecido como “Boa Noite, Cinderela” para roubar criptoativos de suas vítimas.

Nesta fase, foram cumpridos seis mandados de prisão e seis de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro do Rio de Janeiro. Além de reforçar as prisões preventivas de suspeitos já detidos, outro acusado foi capturado. Entre os presos está o colombiano Esteban Garcia Garcia.

Durante a operação, foram apreendidos celulares, cadernos de anotações, cartões de crédito de possíveis vítimas e outros bens. Uma das acusadas continua foragida, e sua captura será solicitada à Interpol.

O promotor de Justiça Diogo Erthal Alves da Costa, titular da Promotoria de Justiça junto à 3ª Vara Criminal de Niterói e responsável pela investigação, revelou que o crime inicial fazia parte de uma complexa organização criminosa, composta majoritariamente por colombianos, especializada em roubar ativos virtuais e lavar dinheiro no Brasil. Fabiano Gonçalves Cossermelli Oliveira, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Resende e também responsável pela investigação, destacou que o uso de ferramentas investigativas avançadas e a transparência das transações em blockchain foram fundamentais para rastrear os ativos roubados e identificar os criminosos envolvidos.

Participaram da operação dois promotores de Justiça do CyberGaeco, cinco servidores do MPSP e 36 policiais do 1º Batalhão de Policiamento de Choque-ROTA da PMSP. Até o momento, foram recuperados aproximadamente R$ 35 mil pertencentes à primeira vítima.

Primeira fase

A primeira fase da operação, realizada em dezembro de 2023, resultou na denúncia de quatro colombianos por roubo impróprio majorado. O crime ocorreu no Rio de Janeiro, onde os acusados doparam a vítima e roubaram seu celular, cerca de R$ 125 mil em criptoativos e outros valores. Um dos detidos, José Daniel Agudelo Puerta, foi preso utilizando um documento falso, o que gerou uma acusação adicional por crime contra a fé pública.

Com a análise de celulares apreendidos e a quebra de sigilo telemático, as investigações avançaram, culminando em uma nova denúncia por organização criminosa, lavagem de dinheiro e outros dois roubos impróprios. A Justiça aceitou a denúncia e decretou a prisão de seis colombianos, incluindo quatro já indiciados na primeira fase da operação.

 

 

 

 


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