No mês de conscientização contra o lipedema saiba mais sobre a doença

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Especialistas explicam como diagnosticar e as formas de tratar
       a doença que traz diversos transtornos aos pacientes

O lipedema é uma doença vascular crônica,  caracterizada pelo acúmulo anormal e excessivo de gordura na região dos glúteos e pernas. A doença atinge cerca de 12% das mulheres brasileiras, que apresentam um aumento desproporcional nos membros inferiores, até o tornozelo. O problema tem tratamento,  e hábitos de vida saudáveis são essenciais para que o lipedema não afete tanto a vida do paciente.
A clínica geral e ortomolecular, Márcia Umbelino, explica que a doença tem causa genética. “Pessoas com lipedema têm mais chances de desenvolver problemas nas articulações, também podem ter restrição física maior, pois o sistema venoso dos membros inferiores não funcionam corretamente, o que ocasiona os sintomas”, esclarece a médica. Os principais sinais da doença são: dores nos membros inferiores, hematomas, dificuldade de locomoção, dores na coluna e articulações.
O cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira e Americana de Cirurgias Plásticas,  Matthews Herdy explica que a doença deve ser tratada de forma multidisciplinar e que  a cirurgia é uma opção no último estágio do tratamento. “Na verdade o lipedema é uma inflamação do tecido adiposo, o que causa o desconforto, a dor e sensação de peso nessas áreas. Então, o primeiro tratamento é a desinflamação da área, que vai gerar menos edema e começa a melhorar o aspecto estético ”, acrescenta Matthews.
 “A lipo é feita através de pequenos furinhos, de meio centímetro. É possível,  associar alguns enxertos de gordura, para que algumas  irregularidades possam ser suavizadas e também são usadas tecnologias para melhorar a qualidade da pele local, como o microagulhamento robótico, que tem radiofrequência e ajuda a melhorar a textura externa da pele”, acrescenta Matthews.  O médico também fala sobre outras tecnologias mais avançadas de aspiração de gordura e refração da pele que são associadas à cirurgias, como a lipo ultrassônica, o laser e o arco plasma que são opções que vão tratar  a flacidez, fazer a refração da pele e proporcionar um resultado mais satisfatório.
O  tratamento cirúrgico é parecido com a lipo, assim como o pós operatório. Então, apesar dos cuidados terem que ser maiores, por causa da má circulação e outras questões da pessoa com lipedema, a recuperação é consideravelmente tranquila. É muito importante o uso das drenagens que vão diminuir  evitar surgimento de mais edemas, melhorar o sistema linfático, também o uso de malhas para a pele acomodar de forma mais eficaz.
Márcia Umbelino explica que, entre as medidas para tratar o lipedema estão:  manter o controle do peso, ter uma alimentação rica em fibras e proteínas e evitar o excesso de laticínios e carboidratos. Além disso, a prática de exercícios físicos é necessária para que não haja esse acúmulo de gordura e também para melhorar a saúde vascular. Em alguns casos, o uso de meias tecidas circulares podem ser indicadas.  O acompanhamento psicológico é super importante para manter a saúde mental da paciente e ajuda a manter o tratamento por mais tempo. “Nosso papel é identificar o problema e o desejo do paciente, não existem soluções práticas e imediatas, sempre existe um processo”, acrescenta a médica.
https://www.alerj.rj.gov.br/

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