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Se a leitura de um livro abre as portas para novos mundos, imaginem o efeito transformador quando o leitor está preso a uma cama de hospital, sendo submetido a algum tratamento médico? Neste sábado (29/10), data em que se comemora o Dia Nacional do Livro, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) apresenta um projeto de incentivo à leitura que, além de promover a cultura, vem ajudando pacientes e acompanhantes a superar o período de internação: o “Mais leitura, Mais Saúde”, uma das ações da Assessoria Técnica de Humanização da pasta.
Atualmente, o programa atende a três unidades estaduais: Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), na Penha; Hospital Carlos Chagas (HEC), em Marechal Hermes; e Hospital Estadual de Traumatologia e Ortopedia Melchiades Calazans (HTO Baixada), em Nilópolis. Diante dos bons resultados, a SES planeja ampliar a oferta a outros hospitais da rede.
O projeto consiste em biblioteca-móvel, com acervo variado, que circula num carrinho pelas enfermarias. Nas prateleiras, títulos para todas as idades e perfis podem ser escolhidos: contos de fadas, romances, livros com temas religiosos, publicações de autoajuda, crônicas e poesias.
O paciente Walace do Nascimento, de 24 anos, internado na enfermaria do Getúlio Vargas em 19 de outubro, pegou emprestado o título “Sherlock Holmes, o Signo dos Quatro”, de Arthur Conan Doyle, porque acreditava que a história de aventura iria ajudá-lo a passar o tempo.
– Vai me distrair. Eu gosto de ler sobre aventuras – contou.
Segundo o assessor técnico de Humanização da SES, Rafael Fornerolli, o objetivo do projeto, desenvolvido em parceria com a Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, não se restringe a tornar o período de internação menos estressante, mas também fazer com que os pacientes se sintam acolhidos pela equipe.
– O projeto “Mais leitura” foi criado para melhorar o acolhimento aos nossos pacientes internados, tentando garantir um bem-estar psicológico e diminuindo o estresse durante a hospitalização. Além disso, é uma forma de incentivar a leitura no nosso cotidiano – explica Fornerolli.
Apenas no HEGV, a biblioteca-carrinho realizou 400 empréstimos em setembro, a maioria de livros infantis (298 empréstimos). De acordo com a técnica de enfermagem Denise dos Santos Oliveira, entre os títulos adultos, os livros que abordam temas como fé e religião são os mais pedidos.- A gente passa de leito em leito oferecendo livros. Além de estimular a leitura, o projeto é importante porque oferece algo mais humanizado para aquele paciente que vai passar por uma cirurgia, que está apreensivo. A ideia é trazer de forma lúdica uma espécie de remédio, porque a leitura vai levando a pessoa para outros lugares e vai amenizando a dor, o desconforto, e minimizando aquele cenário de sofrimento – diz.
O paciente Fernando Cesar de Souza, de 75 anos, é fã de Sidney Sheldon e Agatha Christie e fez questão de pegar um exemplar emprestado enquanto esteve internado, este mês, para se submeter a uma cirurgia ortopédica.
– Leio tudo que cai na minha mão. Tenho esse hábito desde novinho. Aqui no hospital, ajudou a passar o tempo. Leitura abre as portas para muitas coisas – ensina ele, que pegou emprestado “Cerco”, de Daniel Frazão.
Confira vídeos e fotos do projeto
https://drive.google.com/drive/u/4/folders/1UVhB4NF0s1MHvqpbqokDXHQBdTlj7UU8
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