A hipertensão pode causar diversas complicações, e a insuficiência cardíaca é uma delas
O coração é um órgão de importância vital e tem como função principal bombear sangue oxigenado para todos os tecidos, assim, cuidar da saúde cardiovascular é fundamental para ter longevidade e alcançar melhor qualidade de vida.
Também conhecida como “pressão alta”, a hipertensão arterial é definida por níveis tensionais superiores a 140 × 90 mmHg, como explica a dra. Ana Luiza Sales, cardiologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN). E 26 de abril foi escolhido como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, data de alerta para essa entidade clínica e suas possíveis complicações.
Infelizmente, a hipertensão arterial não costuma causar sintomas, é uma doença silenciosa que, aos poucos, vai causando avarias no coração, nos rins, no sistema nervoso central e em todo o sistema arterial. Por essa razão, recomendam-se visitas regulares ao cardiologista ou clínico geral para monitorar a saúde em busca de sinais de alteração na pressão arterial, entre outras patologias. A detecção e o tratamento precoce da condição previnem lesões em órgãos, em especial no coração.
“A pressão arterial descontrolada no longo prazo pode sobrecarregar o músculo cardíaco com consequente evolução para a disfunção dele. Tal evolução pode promover o desenvolvimento de insuficiência cardíaca, por exemplo, condição clínica em que o coração não consegue bombear de maneira adequada o sangue oxigenado pelos tecidos do corpo”, explica a cardiologista.
A insuficiência cardíaca pode ser reconhecida por sinais e sintomas clássicos como falta de ar; tosse; tontura; inchaço no corpo; cansaço; pouco apetite e insônia ou ainda por meio de exames, como o ecocardiograma.
Segundo a dra. Ana, “o controle adequado da pressão arterial, por meio de acompanhamento médico regular, é fundamental para evitar a progressão da hipertensão arterial e transformá-la num quadro avançado de insuficiência cardíaca”.
O Programa de Insuficiência Cardíaca do CHN acolhe pacientes com diagnóstico de insuficiência cardíaca (IC) em toda a sua jornada – desde o reconhecimento/ diagnóstico pelos serviços de emergência ou consultas ambulatoriais, controle de sintomas e otimização terapêutica em sua fase hospitalar, que conta com todo o parque tecnológico do CHN, até a alta. Deve-se ressaltar ainda que o CHN é hoje o único centro habilitado para realizar transplante cardíaco da região e que conta também com diferentes opções de suporte circulatório mecânico (corações artificiais).
“O tratamento da hipertensão varia de acordo com as características do paciente e a gravidade dos sintomas. Em geral, um medicamento e/ou a combinação de fármacos se fazem necessárias para o controle adequado da pressão arterial. Mudanças no estilo de vida, como a prática regular de atividades físicas, a cessação do tabagismo e o controle dietético, são também fundamentais. Pacientes que evoluem para insuficiência cardíaca podem precisar, além de medicamentos e mudanças de estilo de vida, de terapias complexas como procedimentos cirúrgicos, implante de marca-passo ou corações artificiais e transplante cardíaco. Nesses casos, prevenção e cuidado precoce fazem toda a diferença”, esclarece a médica.
O que você pode fazer para cuidar do coração?
De acordo com a cardiologista, a melhor forma de controlar e prevenir a hipertensão e suas complicações é ter uma vida mais saudável: “É de extrema importância manter uma rotina com bons hábitos alimentares (não abusar do sal, evitar alimentos gordurosos e ultraprocessados etc.), controlar o peso, parar de fumar e praticar regulamente atividades físicas. Manter as consultas e os exames de rotina em dia é fundamental!”
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