Resultado do estudo do ICTIM com UFRJ foi divulgado nesta segunda-feira
O estudo apontou que a vacinação foi decisiva para impedir uma maior incidência do novo coronavírus e suas variantes sobre a população. Os números foram apresentados pelo chefe do Laboratório de Virologia da UFRJ, Amílcar Tanure, em uma reunião online com o diretor-presidente do ICTIM, Celso Pansera, e a secretária municipal de Saúde, Solange Oliveira.
A pesquisa foi realizada em três ciclos entre os dias 24 de maio e 6 de agosto. Ao todo, 1.134 amostras de sangue foram recolhidas durante as visitas (97% do previsto) no município.
Entre os entrevistados, 13% relatou já ter tido a Covid-19 e 37% haviam realizado testagem, sendo o PCR o exame mais procurado (34%). Em toda a pesquisa, o total de vacinados foi de 65%, com um pico de 81% no terceiro ciclo. A vacina mais aplicada foi a Oxford AstraZeneca, que chegou a 49% dos entrevistados.
“Esses números provam que a vacina freou o avanço da variante Delta na cidade e refletem a boa procura que as tendas tiveram, consagrando a estratégia adotada”, atestou Amilcar Tanure, que é consultor do ICTIM. Itens como higienização, sintomas mais relatados e escolaridade foram abordados na pesquisa.
A secretária Solange Oliveira reforçou que o índice de imunização dos munícipes chegou a 46%, dos quais 86% são adultos.
“Não há mais a demanda por leitos hospitalares que tínhamos antes, o que é um sinal importante dessa eficácia”, ressaltou Solange, endossada pela ex-secretária Simone da Costa, que participou da reunião. “Tínhamos de abrir vagas durante a madrugada, mas isso parou. Hoje o número de mortes diminuiu de forma significativa”, afirmou.
O diretor-presidente do ICTIM avalia a sequência da pesquisa entre os meses de outubro e dezembro. “Seria bom para termos dados bem atualizados ao fim do ano. Para 2022, queremos traçar um mapeamento virológico do município”, adiantou Celso Pansera.
Durante a pesquisa Sentinela Covid-19, os moradores responderam a um questionário e também passaram por testagem com exames de swab e sorologia. Os entrevistadores são todos agentes do Comitê de Defesa dos Bairros (CDB) e passaram por treinamento na Subsecretaria de Saúde. Seis equipes de pesquisadores circularam pelos bairros em cada um dos ciclos, contando ainda um aplicador para os exames, um agente comunitário de saúde e um motorista. O Sentinela está em sintonia com o trabalho do Centro de Triagem e Diagnóstico para a Covid-19 da UFRJ.
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