Investimentos em Saúde ampliam atendimento para a população em Niterói  

Cidade tem hospitais ampliados, unidades do Médico de Saúde revitalizados, primeiro Centro de Imagens e é uma das mais bem avaliadas do Brasil em saneamento

O enfrentamento à pandemia do Coronavírus deu destaque à saúde de Niterói. Mas a pronta-resposta à Covid-19 marca um período que começou oito anos atrás, com a reabertura, em 2013, da emergência do Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho. O setor estava fechado desde 2011, apesar de ser esse o único hospital público pediátrico da região. De lá para cá, as ações e investimentos se somam, como R$ 5 milhões para a ampliação do Mário Monteiro, os R$ 25 milhões do Centro de Diagnóstico Integrado do Hospital Carlos Tortelly ou as 224.269 pessoas atendidas pelas unidades do Médico de Família. E, na Covid-19, Niterói foi a primeira cidade do país a montar um hospital exclusivo para atendimento aos pacientes da doença, com o arrendamento do Hospital Oceânico de Niterói.

“Nós reconstruímos o Getulinho, o Mário Monteiro e a Policlínica do Largo da Batalha, onde as pessoas eram atendidas num contêiner quando assumimos. O Médico de Família atendia a 110 mil pessoas e, agora, com a implantação de novos módulos, passamos das 220 mil pessoas, quase 100% de cobertura na cidade”, disse o prefeito Rodrigo Neves.

Getulinho – A reabertura da emergência do Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, é uma ação emblemática, até hoje, na administração de Rodrigo Neves. Foi uma das primeiras medidas, logo depois da posse, em 2013. O hospital foi municipalizado em 1992 e, apesar de ser o único especializado em atendimento pediátrico para Niterói, São Gonçalo e adjacências, teve a emergência fechada em 2011 por falta de condições de funcionamento.

Hoje, a unidade, aberta 24 horas para emergência pediátrica, conta com ambulatório para ortopedia, cardiologia, odontologia, anemia falciforme, hematologia, nefrologia, pneumologia, otorrino, alergia, cirurgia plástica, neurologia e endocrinologia. Sua estrutura também traz  CTI e Centro Cirúrgico para 19 tipos diferentes de cirurgias eletivas. Realidade diferente da época de sua reabertura, quando a assistência médica acontecia em um hospital de campanha, que, depois, passou para uma emergência provisória, até a construção da nova unidade, que começou a atender pacientes em 1º de julho de 2016.

“Desde a abertura da emergência e reforma do local, os atendimentos cresceram muito. O Getulinho é uma unidade referência no atendimento de pediatria. Tenho muita alegria de ter sido diretor do hospital e ter compartilhado com sua equipe muito dedicada, que preza por um atendimento de qualidade e que sempre cuida das nossas crianças com carinho”, disse o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira.

Mário Monteiro – A Unidade Municipal de Urgência Dr. Mário Monteiro, em Piratininga, recebeu investimentos de R$5 milhões na sua primeira grande reforma, em 2016, quando foi ampliada em 365 metros quadrados, além de receber novos equipamentos, mobiliário e novos profissionais para as equipes.

Hoje, o novo Mário Monteiro tem dois consultórios para classificação de risco, sala de medicação com 16 lugares, sala de Raio X, laboratório, 8 consultórios, 21 leitos, emergência para adultos, emergência pediátrica, sala de espera infantil com brinquedos e livros, além de novas e melhores instalações para os funcionários, com refeitório e sala de descanso.

Carlos Tortelly – Na unidade funciona o primeiro Centro de Diagnóstico Integrado do município, inaugurado em novembro deste ano pela Prefeitura de Niterói, um investimento de R$25 milhões em obras de infraestrutura e equipamentos, para atender pacientes de toda a rede municipal de Saúde.

A previsão é que o local realize, por mês, cerca de 1.200 tomografias, 3.300 raios X digitais, além de 640 ecocardiografias e 500 ultrassonografias. O espaço oferece, ainda, mamografia, endoscopia e laboratório de análises clínicas, com exames de imunologia, bioquímica, hematologia e microscopia.

“A abertura deste Centro de Imagens público, que vai reforçar a retaguarda de exames e o atendimento à população, é uma conquista de Niterói, do SUS e dos nossos profissionais de saúde. Quando assumimos a gestão, o Hospital Carlos Tortelly estava completamente sucateado, abandonado. Fizemos, passo a passo, o processo de reconstrução do hospital e o transformamos em referência no atendimento à população de Niterói”, afirma o prefeito Rodrigo Neves.

Policlínicas – A Policlínica Regional Maria Aparecida Costa, em Itaipu, foi reformada pela prefeitura. A unidade, que possui cerca de 120 mil pacientes cadastrados e realiza, em média, 6 mil atendimentos por mês, recebeu revisão de toda a parte elétrica, hidráulica e de climatização, bem como conserto do telhado e pintura geral, além da construção de um depósito de lixo e resíduos e a troca de portas e janelas.

“A Policlínica de Itaipu faz parte da memória afetiva dos moradores da Região Oceânica, já salvou muitas vidas, e agora tem uma estrutura ainda melhor para atender a população”, destacou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.

Além de Itaipu, os moradores de Niterói podem buscar atendimento médico nas policlínicas regionais de São Lourenço, Vital Brazil, Fonseca, Largo da Batalha, Engenhoca, Barreto e Piratininga e nas unidades de especialidades Sylvio Picanço e Malú Sampaio (Saúde da Mulher), no Centro.

Médico de Família – O Programa Médico de Família (PMF), com 43 unidades, hoje cobre todas as regiões da cidade, com 77.401 famílias cadastradas, totalizando 224.269 pessoas atendidas.

Entre 2013 e 2016, foram inauguradas oito novas unidades: Viçoso Jardim, Badu, Teixeira de Freitas, Várzea das Moças, Morro do Céu, Martins Torres, Sapê e Baldeador (Empreendimento Zilda Arns). Entre 2017 e 2020, a prefeitura entregou mais quatro módulos: Ponta D’Areia, Boa Vista, Coronel Leôncio e Jacaré.

Além de novas instalações e ampliação das equipes de atendimento à população, a administração Rodrigo Neves ainda reformou cinco módulos: Maravista, Matapaca, Preventório, Souza Soares e Caramujo, que tiveram seus alcances ampliados.

Prevenção – Mesmo em meio à pandemia de Coronavírus, a cidade de Niterói teve uma vitória importante contra o mosquito Aedes aegypti, com redução este ano de 75% dos casos de chikungunya. Além da manutenção de ações sanitárias, com equipes mobilizadas permanentemente no combate ao mosquito, a Prefeitura de Niterói também participou de uma experiência inédita do World Mosquito Program, conduzido no Brasil pela Fiocruz, que teve papel fundamental na redução dos casos. Houve a liberação, em várias regiões da cidade, de mosquitos com Wolbachia, chamados de “Wolbito”, que combatem a dengue, zika e chikungunya. Esse método inovador utiliza bactéria para reduzir a capacidade do Aedes aegypti de transmitir o vírus das doenças, reduzindo sua infestação.

Em 2018, Niterói teve 2.887 casos de chikungunya. Esse número recuou para 301 casos em 2019 e caiu para 63 casos registrados até agosto deste ano. Os números da dengue e da zika também recuaram significativamente nos últimos anos, demonstrando o sucesso de uma política pública de enfrentamento das doenças causadas pelo Aedes aegypti.

Saneamento – A Prefeitura de Niterói tem hoje os melhores índices de saneamento básico do Estado do Rio e caminha rumo à universalização.  Niterói tem 100% de abastecimento de água tratada e 95% da população tem acesso à rede de esgoto. A Prefeitura de Niterói e a Águas de Niterói, concessionária responsável pelo saneamento e abastecimento do município, estão realizando investimentos em torno de R$ 150 milhões na construção de novas estações de tratamento de esgoto, com o objetivo de alcançar 100% no tratamento e coleta do resíduo.

Em 2019, foi inaugurada a nona ETE na cidade, a ETE Sapê, que atende a região do Sapê, Caramujo e Santa Bárbara. Já a ETE Camboinhas teve sua capacidade duplicada. A unidade que tratava 115 litros de esgoto por segundo, teve a capacidade aumentada para 295 litros por segundo. Em 2018, entrou em funcionamento a ETE de Maria Paula/Matapaca. A próxima será a ETE Badu, que vai atender toda a região do Badu, Largo da Batalha, parte de Pendotiba e Maceió. Quando a ETE do Badu estiver pronta, Niterói vai alcançar a meta de 100% de cobertura de coleta e de tratamento de esgotos da cidade.

Pelo terceiro ano consecutivo, Niterói está entre as cidades mais bem avaliadas no que diz respeito ao saneamento básico, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). O município foi um dos 41 com melhores indicadores entre as cidades avaliadas em todo o Brasil, integrando o grupo do estudo denominado “Rumo à universalização”. Nos anos de 2018, 2019 e, agora, em 2020, Niterói foi considerada a melhor em saneamento do Estado do Rio de Janeiro e ganhou destaque por ter sido convidada a participar do evento como modelo de gestão do saneamento básico por meio de concessão.

Em março deste ano, a cidade também esteve no ranking da Trata Brasil, onde permaneceu na liderança do saneamento básico do Estado. Levantamento do Instituto Trata Brasil mostrou que a cidade alcançou 95,34% de esgoto e 100% de água tratada para a população (ano base 2018).

Niterói também lançou o Plano Municipal de Saneamento, que tem por objetivo estabelecer metas de curto, médio e longo prazos com vistas às melhorias no atendimento dos serviços de saneamento básico e, principalmente, ser mais uma ferramenta que visa a garantir a universalização do acesso de toda a população aos serviços que são essenciais à adequada qualidade de vida e saúde pública.

Covid-19 – A Prefeitura de Niterói iniciou uma batalha contra o novo coronavírus antes mesmo do registro do primeiro caso na cidade. Em janeiro, quando pouco ainda se falava na doença, a prefeitura criou um grupo de trabalho para implementar medidas para conter o seu avanço. Em março, depois dos primeiros casos, a prefeitura criou um Comitê Científico, formado por especialistas, pautando suas ações de combate à Covid-19 com base na ciência.

Assim, foram tomadas as primeiras medidas de restrição de circulação e isolamento social na cidade; a obrigatoriedade do uso de máscaras fora de casa; o fechamento de bares, restaurantes, praias, parques e praças; a suspensão de atividades culturais e recreativas; e o fechamento do comércio.

Na área da saúde, o tratamento para pacientes com a Covid-19 ou com suspeita da doença é feito em cinco unidades da Prefeitura referenciadas: Hospital Municipal Carlos Tortelly, Hospital Municipal Mário Monteiro, Hospital Oceânico e as Policlínicas da Engenhoca e do Largo da Batalha.

Entre as medidas da prefeitura para o combate ao novo coronavírus estão: a sanitização de ruas e comunidades, a distribuição de kits de limpeza, o centro de referência de quarentena, a realização de testagem rápida da Covid-19, contratação de mais 1.200 profissionais de saúde e a criação de programas sociais para apoiar as famílias vulneráveis, como o Renda Básica Temporária e a entrega de cestas básicas.

Testes rápidos – Niterói é uma das cidades brasileiras com maior porcentagem de testes aplicados para detectar o novo coronavírus. Já foram feitos mais de 150 mil testes. A testagem rápida para o diagnóstico de Covid-19 está disponível gratuitamente para os moradores de Niterói em cerca de 50 locais, entre módulos do Programa Médico de Família, Policlínicas Regionais e Unidades Básicas de Saúde, além dos exames realizados no modelo drive-thru, com agendamento pelo aplicativo Dados do Bem.

Vacina contra a Covid-19 – O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, assinou no dia 10 de dezembro, com o Instituto Butantan, um memorando de compra de 1,1 milhão de doses da vacina contra o coronavírus. A quantidade é suficiente para imunizar toda a população da cidade de mais de 500 mil habitantes. Pelo cronograma proposto ao Butantan e assinado pelo diretor institucional do Instituto, Raul Machado, seriam 300 mil doses disponíveis no fim de janeiro para profissionais de saúde e idosos, outras 300 mil doses para o fim de fevereiro, distribuídas aos cidadãos com comorbidades e profissionais de educação, e outras 500 mil para o restante da população durante o primeiro semestre, até maio.

A Prefeitura de Niterói fará o investimento de R$ 57 milhões no projeto de imunização, ao custo de 10 dólares por dose. Com recursos próprios para a aquisição da vacina, Niterói é a única cidade do estado do Rio, entre as 12 do país, a testar a fase 3 da vacina Coronavac, em parceria com o Instituto Butantan e a Fiocruz. Niterói tem a maior cobertura de atenção básica da saúde pública da Região Metropolitana do Rio por meio do Programa Médico de Família, que atende 100% do público alvo em todas as comunidades da cidade.

Hospital Oceânico – Primeira unidade do Estado do Rio de Janeiro exclusiva para o tratamento de pacientes com Covid-19, o Hospital Municipal Oceânico de Niterói, era uma unidade privada, que estava fechada, e foi arrendado pela Prefeitura por R$ 1,7 milhão pelo período de 12 meses. Foram realizadas obras de adequação para receber os primeiros pacientes em tempo recorde: 20 dias. Atualmente, a unidade conta com 136 leitos com respiradores e todo o suporte necessário para os pacientes. Ao fim desse período de 12 meses, será avaliada a necessidade ou não de continuidade de funcionamento da unidade de acordo com a evolução da pandemia na cidade.

“O Hospital Oceânico já salvou centenas de vidas. Esta é uma unidade de referência, não só pela sua estrutura como pela equipe médica de excelência. Este hospital é, sem dúvida, um exemplo de hospital público no Brasil para o atendimento da Covid-19”, destaca o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira.

Crédito dos fotógrafos nas imagens

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