Na próxima quinta-feira, dia 19 de novembro, a OSB avança com a Série Clássica Brasileira, que chega a seu sétimo programa. O concerto virtual será transmitido pelas páginas da orquestra no Youtube e no Facebook, às 19h, e contará com obras dos compositores brasileiros José Siqueira, Zequinha de Abreu e Clovis Pereira Filho, acompanhados de peças de Haydn e Fuchs.
Abrindo a apresentação, o grupo executará “Achieved is the glorious work” do austríaco Joseph Haydn, parte do oratório “A Criação”, em versão para quarteto de trombones. Haydn compôs a peça em 1797-98 para orquestra, coro e solistas e seus textos são baseados na Gênesis da Bíblia e no poema de Milton “O paraíso perdido”. Terminada a criação do mundo, esta parte consiste num canto de Aleluia exaltando a glória do nome do Senhor para todo o sempre.
Na sequência, o público ouvirá o “Trio nº1 Op. 1” para flauta, clarineta e fagote, do alemão Georg Friedrich Fuchs. Aluno de Haydn, foi professor do Conservatório de Paris desde sua fundação, em 1795. Compôs um grandioso número de músicas de câmara, sempre com ênfase na clarineta. Este trio é o primeiro de um conjunto de três, compostos em 1790.
Dando início à sequência de música brasileira, os músicos apresentarão “Toada”, do paraibano José Siqueira, um dos fundadores da OSB, em 1940. Suas composições revelam um nacionalismo baseado nas diversas regiões e segmentos culturais brasileiros. Esta característica está fortemente presente em Tenda, composta para quarteto de cordas.
“Sururu na cidade”, do paulista Zequinha de Abreu, será executada em seguida pelo naipe de percussão. Composto em 1924, o choro fez grande sucesso devido à forma bem-humorada com a qual retratava os dias agitados da Revolução Paulista daquele ano. Zequinha de Abreu é famoso por suas composições de grande êxito e repercussão até internacional, como “Tico-Tico no Fubá”.
Fechando o concerto virtual, “Mourão in Quartet”, do compositor, pianista e regente pernambucano Clovis Pereira. “Mourão” foi consequência de uma iniciativa de Ariano Suassuna, que, pesquisando sobre música nordestina, encontrou um jingle composto em 1951 por César Guerra-Peixe. Porém, achando que o tratamento dado à peça era muito simples, propôs a Clóvis Pereira a adaptação do tema para orquestra de câmara, devido ao potencial da partitura. Devido a um arranjo do Quarteto de São Paulo, passou a chamar-se “Mourão in Quartet”.
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