A Campanha Outubro Rosa de Niterói, coordenada por Paulo Gonçalves, fisioterapeuta oncológico e sócio-fundador da Associação Brasileira de Fisioterapia e Oncologia, não para. Este ano, a equipe de voluntários continua produzindo gestos dignos de aplausos em prol das mulheres portadoras do câncer de mama. E para deixar claro que o assunto é sério, Paulo e sua equipe vão levar um laço rosa gigante para ser exposto em plena Praia de Icaraí, pois nem a pandemia pode parar esta campanha, célebre no mundo, que traz nova consciência social a este setor da saúde.
A história do início do movimento em Niterói é lembrada com emoção por Gonçalves. Tudo começou de um sonho compartilhado com a sua paciente, a jornalista Silvia Calil, em 2012, quando ela estava sob os cuidados do fisioterapeuta, após sofrer a reincidência de um segundo câncer. Isso não a parou. Colocaram no papel e levaram à Aline Medeiros e, posteriormente, à Marcele Medeiros, da Fundação Laço Rosa. Coincidentemente, elas enfrentavam alguns obstáculos para trazer a campanha do Outubro Rosa para Niterói. Foi então que veio a idéia de deixar tudo nas mãos de Silvia, em pleno tratamento, e de Paulo.
Houve caminhada na Praia de Icaraí, enxurrada de camisas rosas e distribuição de panfletos, numa conscientização real da importância da prevenção do câncer de mama. Após o falecimento de Silvia, Paulo permaneceu firme na bandeira da campanha, onde também é divulgado o Projeto Silvinha, que, apesar de ter partido para o andar de cima, deixa um legado vivo, proporcionando a mulheres que não têm condições de pagar exames de mamografia, o atendimento gratuito. Saiba mais pelo site www.projetosilvinha.com.br.
Em Niterói, o Outubro Rosa criou o Mão na Massa, onde chefs de cozinha ensinavam a pacientes oncológicas a cozinhar como estimulo pessoal e profissional, pois, muitas vezes é necessário complementar a renda , já que o benefício advindo do INSS é baixo. Também fizeram o Sebrae Rosa, quando ensinam a dar “ start” numa renda profissional. Paulo Gonçalves encaminha as doações para a Fundação Laço Rosa, como cabelo natural, esmalte, maquiagem, bijuteria, perucas e muitos mais.
A Fundação Laço Rosa é do Terceiro Setor. Luta pela paciente oncológica junto ao poder legislativo, pleiteando novos direitos, inclusive com planos de saúde. As perucas seguem para o Brasil todo, bem como lenços. Criaram a escola de peruqueiros, com inscrição pela Cufa, Central Ùnica das Favelas, além de advogarem para pacientes na luta pelos tão necessários direitos. Hoje a Fundação também se dedica as pacientes metastáticas, que precisam de voz social, junto ao governo e instituições.
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